Sexta-feira, 18.02.11

E agora?

Se até agora fazia todo o sentido chamar namorada à minha namorada, quando o bebé nascer chamar namorada à minha namorada começará a parecer estranho. Não no discurso directo claro, aí trato-a pelo nome próprio, mas, quando me referir sobre ela a outra pessoa, não sei que lhe hei-de chamar. Tipo: Olá, o meu nome é Mário, esta é a minha namorada e este o nosso filho. A que soa isto? Que o meu filho foi um acidente no percurso. Se a tratar por companheira transporta-me para a meia-idade, esposa seria mentir e a minha mulher está carregado de sentimento de posse. Não há uma única boa alternativa.

publicado por Mário às 11:23 | link | comentar | ver comentários (6) | partilhar
Terça-feira, 15.02.11

Preto e Branco

Se eu imaginasse há dois anos atrás que, por esta altura faltariam menos de 3 meses para o nascimento do meu filho, seria porque tinha fumado white widow. Ontem vi um filme que me fez pensar em como as vidas são mutáveis de acordo com os ambientes e seus respectivos estímulos, e de como as prioridades vão sendo alteradas à medida que os obstáculos se atravessam à nossa frente. Se ter um emprego do qual se goste é a ambição de grande parte dos jovens, ter um emprego qualquer é o dever de um pai. E não vale a pena contornar a situação porque neste caso não há cinzentos.

publicado por Mário às 12:44 | link | comentar | ver comentários (5) | partilhar
Sexta-feira, 11.02.11

O quarto do Noah

Está oficialmente pronto desde ontem, a (mais ou menos) 12 semanas da sua inauguração. Portanto, cumprimos com o orçamento de tempo estipulado mas, já o custo total da obra excedeu largamente o previsto. Isto porque, demos muita atenção a certos pormenores, uma idiotice talvez, mas não resistimos. Temos plena consciência que um quarto de bebé é mais para inglês ver que para a criança desfrutar, pois, quando ele tiver idade de gozar a divisão já vai estar tão atafulhado de brinquedos que vai perder totalmente o encanto que tem agora. Ainda assim, não deixa de ser uma divisão da casa, e já que decorámos tudo o resto ao nosso gosto (dentro das possibilidades, claro) quando nos mudámos para cá, este quartinho também o merecia. Só falta mesmo o bebé.

publicado por Mário às 09:57 | link | comentar | ver comentários (1) | partilhar
Segunda-feira, 31.01.11

Noah Ferraz Lopes

Eu sei que o nome do nosso bebé não é português e que há o estigma acerca do emigrante que dá nomes oriundos do seu país de acolhimento aos seus filhos. Eu também me rio com isso. Sobretudo quando vão a Portugal e mandam o Jean-Philippe parar sossegado (Arréte Jean! 'Tás aqui 'tás a manjer no focinho!). Sou o primeiro a fazer troça dessas situações. Também sei que vivemos numa Era em que as pessoas abusam na tentativa de chegarem ao bem sagrado da originalidade - estou aqui a lembrar-me da Floribella e do Djaló; e do nome da filha de ambos - e que por vezes, acabam por cair no ridículo. Escolher o nome para um filho a meu ver, não pode ser uma decisão tomada de ânimo leve. Existem alguns factores a ter em conta, tais como: o gosto dos pais, mas também a aceitação do nome escolhido perante os que rodeiam a criança, e, no nosso caso, a possibilidade desta aceitação mudar drasticamente se um dia regressarmos a Portugal. Sabemos que Noah, é um nome com bastante aceitação por cá e em todos os países das redondezas desde há muitos séculos, primeiro usado exclusivamente por judeus - não fosse ele a forma germânica para Noé - e alargado a toda a sociedade no século XX. Já em Portugal tememos duas coisas. A eventual troça que outros miúdos poderão fazer e os erros de ortografia em serviços burocráticos. Se bem que depois de consultarmos a lista de nomes autorizados pelo Instituto dos Registos e Notariado português ficámos mais descansados pois Noah, também aí é aceite (ao contrário de Jean, por exemplo). Depois, também sei que vai ser dificílimo, quase impossível, voltar para Portugal num futuro próximo. Se por acaso a nossa experiência neste país começasse a dar para o torto, mais depressa emigraríamos para outro local aqui perto que para Portugal, nem tão pouco somos aquele tipo de pessoas que se abstêm de ter uma vida confortável aqui, para podermos construir a vivenda na terrinha, e que por isso, só pensam em voltar. Portanto, porque raio iríamos chamar o nosso filho por um nome que não gostávamos, só porque é português, quando temos a possibilidade de alargar o leque de escolha? E isto em forma de resposta directa a alguém: se, de facto, existem nomes que não lembram ao menino Jesus, Noah não entra nesse saco por motivos óbvios. A cultura não está implícita num nome, porque mesmo nascido cá e para os de cá, ele será sempre português, nem nós queriamos que assim não fosse.

publicado por Mário às 13:45 | link | comentar | ver comentários (5) | partilhar
Segunda-feira, 20.12.10

Te veel sneuw

Muita neve. Temperaturas reais a rondar os -2º mas a sensação térmica não passa além dos 10 negativos. Ontem foi Natal na casa da minha mãe, com direito a jantar e troca de prendas. Isto porque hoje, viaja com o meu irmão para Portugal (ou pelo menos vai tentar viajar) onde estarão até ao último dia do ano. Também ontem, era previsto esperar a chegada dos meus sogros a Charleroi. Voo marcado para as 11:30 da manhã cancelado. Foram transferidos para um que chega hoje a Maastricht (Holanda) lá para as 21:30. Isto para concluir então que, realmente, a neve é estupidamente bonita. E comer ostras e beber vinho no meio de uma feira de Natal iluminada e branquinha sabe estupidamente bem mas, por outro lado, tanto aeroporto parado e tantos atrasos e cancelamentos - a apenas 6 dias do nosso voo - enerva-me um bocadinho.

publicado por Mário às 07:41 | link | comentar | partilhar
Sábado, 18.12.10

Prima Júlia

Passa a ferro

Lava a roupa

Todo o dia a trabalhar

O almoço é um requinte com as sobras do jantar.

Dou por mim a ouvir a Vóvó Joaquina dos Virgem Suta, isto no dia que nasceu o mais novo membro da família, a prima Júlia, que tem precisamente o mesmo nome da sua bisavó, nossa avó. Estou mortinho por chegar a Setúbal.

publicado por Mário às 23:44 | link | comentar | partilhar
Sexta-feira, 02.04.10

Super-Hero

Se há coisa que dou valor, é estudar e trabalhar ao mesmo tempo. Ainda por cima, trabalhar a full-time num trabalho que consome a mioleira e ainda ter energias para ir à escola de noite. Se além disso adicionarmos o facto de no emprego ser-se obrigado a trabalhar em várias línguas, e a escola ser integralmente em nederlands (língua cujo primeiro contacto foi feito apenas à cerca de 4 anos), então a pessoa que anda a fazer isto transcende a inteligência e força de vontade humana.
Tentar ter um bom desempenho já seria de louvar mas, obter resultados p'ra cima dos 80% (e alguns a rondar os 90%) na maior parte dos exames só vem frisar a transcendência acima descrita.
É por tudo isto que a partir de hoje, elevo senhora dona Joana Ferraz, amiga, companheira, namorada, amor da minha vida, ao grau de Super-Hero.


O crachá tirado à sorte não podia ter sido mais certeiro. Quando for grande quer ser como tu mas sem orelhas de playmate. Love u.
publicado por Mário às 10:45 | link | comentar | ver comentários (8) | partilhar
Terça-feira, 30.03.10

Depois da festa




O casamento já passou e estava tudo muito bom, e ao que parece toda a gente gostou. Saímos de lá às 5 da madrugada, a Joana totalmente sóbria e eu, totalmente bêbedo. Mas foi um evento atípico desde o início, já que a noiva chegou primeiro que o noivo à Embaixada (o trânsito em Bruxelas mete o de Lisboa a um canto).
publicado por Mário às 10:09 | link | comentar | ver comentários (3) | partilhar
Quinta-feira, 25.03.10

Preparativos para o Casório 2/2


Acabei de fazer uma mousse de chocolate caseira com 24 ovos. Parecia um cozinheiro de refeitório. A Joana vai no seu segundo pudim d'ovos, com o terceiro já em preparação. Até ao meio-dia temos doces para matar aí uns 150 diabéticos.
Ontem foi o dia de montar a tenda no jardim dos cunhados e decorar as mesas. Espetar as tochas e iluminar a relva. Ainda estamos à espera das 90 rosas naturais que chegam hoje, e às 13.30 vamos buscar a botija de hélio a Sint-Katelijne-Waver para encher uns balões todos catitas que dizem "Casados de Fresco" em português de Londres. As coisas começam a tomar rumo. Só nos está a preocupar a chuva que os boletins meteorológicos anunciam para amanhã, pois apesar da tenda ser totalmente coberta, é possível que o relvado fique empapado, tornando-se num terreno bastante apropriado para saltos altos, not.
A decisão de se fazer uma festa do calibre de um casamento em casa é bastante arriscada e sobretudo, cansativo. É diferente de chegar a uma quinta, sentar e comer. Aqui, temos de fazer tudo, e mesmo durante o casamento, nós, familiares mais chegados, não seremos simples convidados. Mas sem dúvida que, para um casamento pequeno (de cerca de 50 pessoas como este), fazê-lo desta forma torna-o muito mais intimista, e no fim de contas, sermos nós a fazermos as decorações e a termos as ideias é muito mais divertido que escolher de um catálogo. Para não falar que as coisas que fazemos, não as fazemos porque somos profissionais, mas porque nutrimos carinho pelos noivos...
publicado por Mário às 10:20 | link | comentar | ver comentários (3) | partilhar
Segunda-feira, 22.03.10

Preparativos para o Casório 1/2


Calma, ainda não chegou a minha vez de me atar à bola de chumbo e atirar-me para o penhasco do matrimónio. Sinceramente também não penso no casamento como a frase que acabei de escrever. É mais o cliché da liberdade perdida e bla bla bla. No meu caso, se me casasse agora, tudo iria continuar na mesma (a não ser o saldo bancário) já que vivo em união de facto com a minha namorada. O caso dos meus cunhados é igual. Vão casar-se mas já vivem juntos há algum tempo, primeiro na casa dos pais dela, e depois na sua própria casinha.
Mas o que me levou a escrever este post foi, a quantidade de lixo em formato mp3 que me está a passar neste preciso momento pelas mãos. Emanuel, Clemente, colectâneas de música pimba, reggaeton, baladas peçonhentas, tudo o que nunca entraria no meu precioso Macbook, não fosse esta ocasião especial. Estou encarregue de organizar a música, e claro que não vou meter aquela gente toda a ouvir rock dos anos 70 ou Delta Blues, com imensa pena minha. Também estou encarregue das decorações em fruta, e de muitas outras coisas. Vai ser giro.
publicado por Mário às 17:58 | link | comentar | ver comentários (2) | partilhar

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