Deve ser a frase que mais usarei na Bélgica.
Estive a dar uma espreitadela no vocabulário básico neerlandês e, se de inicio me parecia simples por parecer uma mistura de alemão com inglês, agora parece-me complicadíssimo pelas mesmas razões. Espero não acabar por me baralhar. Também funcionará como um teste à minha capacidade cerebral. É que, ao longo destes 22 anos de vida (e incluindo a portuguesa) foram 5 as línguas que me foram ensinadas - o que não quer dizer que as tenha aprendido correctamente, claro. Mas depois penso no Papa João Paulo II, e se um idoso com tremores conseguia, eu também serei capaz, porra.
A pronúncia apanharei de certeza. Sou bom nisso. Recordo-me de ler eloquentemente textos de mui nobres autores germânicos nas aulas de alemão sem perceber patavina do que lá estava escrito. Correu mal no dia em que li um poema em tom gil vicentino, como se fosse a ode a uma amada, quando na verdade era sobre a morte e o luto. "Ah e tal, é o meu humor negro"...
Não pegou.
Num bloco de notas, estou a elaborar um dicionário de bolso para coisas que me irão servir no dia-a-dia. E faço-o com a fonética das palavras porque se as disser como acho que são ditas, não haverá um único belga que me entenda. Por exemplo:
Bom dia - Goede Morgen (Ruda Morren)
Boa tarde - Goede Middag (Ruda Midárr)
and so on...
O próximo passo, será criar o meu próprio roteiro turístico, com o máximo de informações que possa encontrar (incluindo preços e horários se se tratarem de museus). E não é tarefa fácil porque, não me restringirei apenas à cidade nem ao país. É que, numa hora de comboio, posso estar na França, na Holanda ou na Alemanha. O maior problema será o tempo disponível, é que a carga horária de trabalho será de 10 horas diárias, de segunda a sábado, a menos que tropece nalgum feriado.
Mais novidades, brevemente!
Nota: Para os que estão a pensar: "Este Mário é estúpido porque na Bélgica fala-se francês!" passo a explicar...
Antuérpia fica na região da Flandres, região essa em que se fala neerlandês (normalmente os portugueses chamam-lhe flamengo ou flamão), a mesma que é falada na Holanda. Na Valónia (a região sul) é que se fala francês. A terceira e última região é a da capital, Bruxelas, onde teoricamente as pessoas são bilingues mas na prática o francês é predominante.