Viagem à Escócia - Parte 4/5

Almoçámos num restaurante mexicano onde pudemos ler no talão: "service not included", que por outras palavras quer dizer: "deixa-me gorjeta ó palhaço". P'ra mim foi uma sopa de tortilla e um burrito. Estava bom, mas nós (os rapazes) continuámos com fome. Fomos até à New Town e visitámos a Galeria Nacional na Princess Street. Velasquez e Van Gogh encabeçavam a lista de autores da exposição. Depois vimos as lojas de roupa e souvenirs. Também entrámos numa espécie de Free Record Shop onde chegámos à conclusão que o preço dos cd's e dvd's era praticamente o mesmo que aqui (que por acaso é mais barato que aí em Portugal) e por isso não trouxemos nada. Era altura de regressar ao hotel e tomar um banho relaxante. Pouco depois, fomos ao encontro do restaurante indiano onde tínhamos reservado mesa para as 18.30. Fomos extremamente bem servidos com o Enis a adorar a Chicken Tikka e a Catarina a entornar a coca-cola por cima da toalha engomadinha.
Subimos a Royal Mile para estarmos às 20.30 no local da Graveyard City Tour que consistia em visitarmos o cemitério medieval de Greyfriars onde está sepultado o Lord George MacKenzie (1636-1691) cujos métodos carniceiros de tortura e assassínio dos seus interrogados fizeram-no ganhar a alcunha de "Bloody MacKenzie". Desde que o "Black Mausoleum" de MacKenzie foi invadido em 1998 por um pedinte, tem-se assistido a um suposto poltergeist. Já foram reportados mais de 400 ataques, 170 desmaios, pequenos incêndios, "cold spots", muitos animais mortos encontrados naquele local, e dedos partidos. A igreja já tentou exorcizar por duas vezes a área e a BBC documentou o caso. Pois, nós estivemos lá à noite e com nevoeiro cerrado, e para além dos gases do Carlos, não senti nada sobrenatural.



A porta para o Inferno (ou nem por isso)

Estava tão gelado que entrei num pub, tapei-me com uma manta e bebi um scotch. Soube-me pela vida sentir as articulações de novo. Rumámos a outro pub, desta vez mais moderno na parte nova da cidade, e depois de uma ida à casa de banho, eu e o Carlos descobrimos que afinal lá em baixo na cave é que havia a festa. Karaoke e música mais mexida. Fomos chamá-las. A Mara e a Joana cantaram Pink e eu terminei a noite com a Hey Jude dos Beatles. Cantar Beatles no Reino Unido, done.

(continua)
publicado por Mário às 11:02 | link | comentar | partilhar